Quem sou eu

Retrouvaille significa Redescobrir. O Retrouvaille é um Programa voltado para casais que acreditam no seu relacionamento. Trata-se de uma experiência destinada a ajudar o casal a se redescobrir e a construir um casamento mais estável e mais harmonioso, em meio às pressões da atual sociedade e desafios do cotidiano. O Retrouvaille surgiu em Quebec, Canadá, em 1977 e chegou ao Brasil em 2000, na cidade de Curitiba, e em Recife, em 2001.

quinta-feira, 22 de abril de 2010


A verdadeira Presença


Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente o ódio.

Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.

Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.

Que as pedras do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.

Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.

Que os teus momentos de amor contenham a energia de tua alma eterna.

Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.

Que em teus momentos de solidão e cansaço esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.

Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível tocando o coração que é centro da nossa alma.

Que o teu coração sinta a PRESENÇA secreta do inexplicável!

Que você sinta o quanto Deus te ama.

Por isso nunca esqueça a presença de Deus que está em nós, que o teu viver seja pleno de paz e luz com Jesus.

(Mensagem do Pe. Marcelo Rossi)
A FELICIDADE

O começo do ano e algumas dificuldades trabalhistas me fizeram pensar na palavra “felicidade”.
Nossa sociedade tem criado, na minha opinião, uma espécie de ditadura da felicidade e da competência: todo mundo deve se mostrar feliz e competente para resolver toda sorte de problema. Somada ao carnaval, essa simplificação diz muito de nossa incapacidade de sermos nós mesmos.
“Ter” e “parecer ter” substituem tudo isso e fazem de nós seres superficiais, infantilizados e infelizes, na verdade.
Sem partilhar nossas impotências, nossos medos, nossas incompetências, estamos virando falsos super-homens e supermulheres, que não caem, não tropeçam, não morrem, não adoecem, não envelhecem, não têm histórias reais.
O resultado não é felicidade; é negação da tristeza, da falha, da falta, elementos que fazem de nós, humanos, o que somos – essa soma de fracassos e colossos.
Na verdade, nossa tristeza é também estruturante e tem a ver com o que somos lá dentro de nós mesmos, com o enfrentamento e a aceitação de nossos fracassos e defeitos, que são a marca primeira do que conseguimos, na história nossa de cada dia, fazer com o que somos, com o que sonhamos, com o que acertamos, com o que erramos, com o que queríamos mas não pode ser realizado – até porque não podemos tudo , nem sabemos tudo.
E às vezes quedamos, inertes, durante um tempo necessário, imobilizados diante da vida, sem clareza do que fazer, dizer, pensar.
Paciência...
Não penso que ser feliz é executar bem um rol de tarefas urgentes.
Já experimentei felicidade em pequenas doses que me salvaram de grandes desesperos: o nascer do dia, um flamboyant florido, uma fonte de água, a lembrança de um filme, de um livro, de um poema, uma criança, o calor do sol...
De fato, há certas dores que são inevitáveis solidões, não há compaixão que as torne menores.
O psicanalista Giannetti tem uma frase boa: “O caminho do paraíso está pavimentado de fórmulas”. Já ouvi conselhos hilários – arranje um cachorro, compre um carro, tome tal remédio, comece a namorar, contrate uma empregada... – como se minha felicidade estivesse fora de mim e não no "diálogo" e no enfrentamento interno entre o que não abro mão, o que desisto e o que acho que vale a pena insistir, o que sonhei...
Porque só eu sei o que sonhei e do esforço que fiz para não me afastar demais do que sonhei, para não me perder.
Bandeira fala de uma tristeza que sinto – a da vida que podia ter sido e que não foi.
A essa somo outra – a da certeza em certas palavras que se dissolveu, no aprendizado de que todas as palavras têm limites, que são humanos e inescapáveis.
No caminho aprendi que “tolerância”, “inserção”, “igualdade”, “liberdade”, “fraternidade”, “amor” e outras palavras bonitas têm o limite de nossos defeitos, de nossa humanidade, de nossas incompetências e habilidades. E que meu instinto de silenciar e suportar não garantia o conserto das situações.
Aliás, há certas situações que não têm conserto, e o que fazemos de nós depois de sua instalação em nossas vidas também faz de nós o que somos.
Levando a vida com uma dessas situações tatuada na alma, aprendi a reconhecer que posso me sentir melhor porque carrego valores próprios, porque sou incansável buscadora de melhoria nos relacionamentos com as pessoas e porque participo, com tudo isso e com a minha profissão, de um projeto de aperfeiçoamento paulatino e histórico do bem-estar coletivo, já que coloco o melhor de mim nas minhas ações.
O melhor de mim pode não ser suficiente e pode não parecer o certo. Mas é o meu melhor. E isso me consola, me basta, me norteia.
Tudo o que eu disse aqui é descombinado com o que a nossa sociedade atual propala: que não há limites nem hora para o prazer; que não há dor, nem tristeza; que não há solidão, nem problema sem solução; que se pode resolver tudo porque todos podemos ser, igual e ilimitadamente, solucionados, turbinados, felizes, empregados, ricos, acompanhados, bonitos... É só comprar... um livro de autoajuda, um tratamento, uma plástica, uma terapia, um “personal estylist, dancer, boyfriend, girlfri end”... Em inglês, fica tudo mais claro, americanalhado (como diz Alberto Cunha Melo) e apropriado.
A depressão que sobra disso tudo “é a doença de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço”, como disse o escritor francês Bruckner, numa entrevista à Revista Época que li há muito tempo. E não esqueci.
Ser feliz tem o verbo “ser”, não o “ter”. E ser é um processo difícil de negociação interna e externa. Ao longo de um tempo muito longo, tão longo que, às vezes, não podemos avaliar bem, só Ele. Nossos papéis e missões são visíveis e invisíveis. E, às vezes, tudo isso é muito difícil. Mas vale.


Flávia Suassuna

quarta-feira, 7 de abril de 2010

De 16 à 18 de abril acontecerá o primeiro Fim de Semana do Retrouvaille na cidade de Natal. QUE DEUS ABENÇOE os casais participantes.

E o próximo final de semana do Retrouvaille Recife já está agendado para os dias 13, 14 e 15 de agosto. É mais uma chance de partilhar esse presente MARAVILHOSO ! Podem se inscrever desde já !

Casamento não é mágica

Educar é acreditar na vida e ter esperança no futuro. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.

Augusto Cury

terça-feira, 6 de abril de 2010


Casar-se de novo ?
Arnaldo Jabor


Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficarem casado 30 anos com a mesma mulher.
As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.
Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário.
Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade.
Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento ? a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna.
Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo.
Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação.
De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar,seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?
Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel,sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção? Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?
Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo,você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem.
Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge. Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.
Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida,a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.
Mas se você se separar sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe essa tal estabilidade do casamento? nem ela deveria ser almejada.
O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.
A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma relação estável, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento.
Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?
É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado,em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças.
Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas sempre com o mesmo par.