Quem sou eu

Retrouvaille significa Redescobrir. O Retrouvaille é um Programa voltado para casais que acreditam no seu relacionamento. Trata-se de uma experiência destinada a ajudar o casal a se redescobrir e a construir um casamento mais estável e mais harmonioso, em meio às pressões da atual sociedade e desafios do cotidiano. O Retrouvaille surgiu em Quebec, Canadá, em 1977 e chegou ao Brasil em 2000, na cidade de Curitiba, e em Recife, em 2001.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Prezados amigos da família Retrouvaille, no próximo domingo, dia 11 de dezembro, às 19h, na igreja do Santuário de Nossa Senhora de Fátima (no antigo colégio Nóbrega), será realizada uma missa em Ação de Graças pelos 25 anos de Sacerdócio de Padre Antônio Mota.
Pe. Mota, juntamente com Pe. Libório, é grande incentivador do movimento e participante nos Fins de Semana do Retrouvaille. Vamos comemorar juntos !


Essa é a história de um casal que todos os dias, tomavam o café da manhã juntos..

No dia de suas bodas de prata, a mulher passou a manteiga na casca do pão, pensando: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido, e por 25 anos lhe dei o miolo. Hoje quero satisfazer o meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida." E entregou a casca para o marido, ficando com o miolo.

Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num largo sorriso e ele lhe disse:
"Muito obrigado por este presente, meu amor! Durante 25 anos desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!"

Vamos refletir melhor:
1. Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe.
2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode esperar algo totalmente diferente de você.
3. Deixe-o falar, peça-lhe para falar e quando não entender o que o outro diz, não traduza. Peça que ele explique melhor. Enfim, saia do achismo, do eu penso que ele pensa o que eu penso, se eu falar isso ele vai falar aquilo, etc.
4. Quando descobrir o que o outro deseja de verdade, não se culpe por ter ficado 25 anos sem saber. Apenas acolha a descoberta e siga em frente. Permita-se ser feliz.

PS: Tão simples como um pão com manteiga... no momento em que aprendermos a respeitar outro pela visão que ele tem do mundo, teremos menos conflitos.




Tenham uma boa semana !

quinta-feira, 29 de setembro de 2011



O Segredo do Casamento




Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.
Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.
Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.



Stephen Kanitz

quarta-feira, 31 de agosto de 2011



"Amar é Sempre Descobrir o Outro com a sua Diferença Inesperada".
Contardo Calligaris


Receita do amor que dura: amar o outro não apesar de sua diferença, mas por ele ser diferente.
Em geral , na literatura, no cinema e nas nossa fantasias, as histórias de amor acabam quando os amantes se juntam (é o modelo Cinderela) ou, então, quando a união esbarra num obstáculo intransponível (é o modelo Romeu e Julieta). No modelo Cinderela, o narrador nos deixa sonhando com um “viveram felizes para sempre”, que seria a “óbvia” consequência da paixão. No modelo Romeu e Julieta, a felicidade que os amantes teriam conhecido, se tivessem podido se juntar, é uma hipótese indiscutível. O destino adverso que separou os amantes (ou os juntou na morte) perderia seu valor trágico se perguntássemos: será que Romeu e Julieta continuariam se amando com afinco se, um dia, conseguissem deitar-se juntos sem que Romeu tivesse que escalar a casa de Julieta até o famoso balcão? Ou se, em vez de enfrentar a oposição letal de suas ascendências, eles passassem os domingos em espantosos churrascos de família?
Talvez as histórias de amor que acabam mal nos fascinem porque, nelas, a dificuldade do amor se apresenta disfarçada. A luta trágica contra o mundo que se opõe à felicidade dos amantes pode ser uma metáfora gloriosa da dificuldade, tragicômica e inglória, da vida conjugal. O casal que dura no tempo, em regra, não é tema para uma história de amor, mas para farsa ou vaudeville -às vezes, para conto de terror, à la “Dormindo com o Inimigo”.
Durante décadas, Calvin Trillin escreveu uma narrativa de sua vida de casal, na revista “New Yorker” e em alguns livros (por exemplo, “Travels with Alice”, viajando com Alice, de 1989, e “Alice, Let’s Eat”, Alice, vamos para a mesa, de 1978). Nesses escritos, que são só uma parte de sua produção, Trillin compunha com sua mulher, Alice, uma dobradinha humorística, em que Calvin era o avoado, o feio e o desajeitado, e Alice encarnava, ao mesmo tempo, a beleza, a graça e a sabedoria concreta de vida.
À primeira vista, isso confirma a regra: a vida de casal é um tema cômico. Mas as crônicas de Trillin eram delicadas e tocantes: engraçadas, mas nunca grotescas. Trillin não zombava da dificuldade da vida de casal: ele nos divertia celebrando a alegria do casamento. Qual era seu segredo? Pois bem, Alice, com quem Trillin se casou em 1965, morreu em 2001.
Trillin escreveu “Sobre Alice”, que acaba de ser publicado pela Globo. Esse pequeno e tocante texto de despedida desvenda o segredo de um amor e de uma convivência felizes, que duraram 35 anos. O segredo é o seguinte: Calvin e Alice, as personagens das crônicas, não eram artifícios literários, eram os próprios. A oposição entre os dois foi, efetivamente, o jeito especial que eles inventaram para conviver e prolongar o amor na convivência.
Considere esta citação de um texto anterior, que aparece no começo de “Sobre Alice”: “Minha mulher, Alice, tem a estranha propensão de limitar nossa família a três refeições por dia”. A graça está no fato de que a “propensão” de Alice não é extravagante, mas é contemplada por Calvin como se fosse um hábito exótico.
Alice é situada e mantida numa alteridade rigorosa, em que é impossível distinguir qualidades e defeitos: Calvin a ama e admira como a gente contempla, fascinado, uma espécie desconhecida num documentário do Discovery Channel. Se amo e admiro o outro por ele ser diferente de mim (e não apesar de ele ser diferente de mim), não posso considerar que minha maneira de ser seja a única certa. Se Calvin acha extraordinário que Alice acredite na virtude de três refeições diárias, ele pode continuar petiscando o dia todo, mas seu hábito lhe parecerá, no fundo, tão estranho quanto o de Alice.
Com isso, Calvin e Alice transformaram sua vida de casal numa aventura fascinante: a aventura de sempre descobrir o outro, cuja diferença inesperada nos dá, de brinde, a certeza de que nossa obstinada maneira de ser, nossos jeitos e nossa neurose não precisam ser uma norma universal, nem mesmo a norma do casal. Há quem diga que o parceiro ideal é aquele que nos faz rir. Trillin completou a fórmula: Alice era quem conseguia fazê-lo rir dele mesmo. Com isso, ele descobriu a receita do amor que dura.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Felicidade: Amor e Casamento








O nosso próximo encontro está chegando. Ainda há tempo para inscrições, informem seus amigos. Segue um texto indicado por uma amiga, longo mas com muito do espírito do Retrouvaille, leiam...


"Na verdade, a felicidade perfeita só pode ser encontrada de modo real e permanente em Deus - fonte de felicidade eterna. E dentre todas as coisas humanas, o CASAMENTO é o que promete mais FELICIDADE, mais chances de se exercer e encontrar nele profundidade para a VIDA." mais... http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo385.shtml


domingo, 17 de julho de 2011

"Meu filho, você não merece nada"

Belíssimo texto, vale a pena ler. Pais, mães e filhos...
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00-MEU+FILHO+VOCE+NAO+MERECE+NADA.html

terça-feira, 10 de maio de 2011

Vale a pena




Vale a pena a tentativa e não o receio.
Vale a pena confiar e nunca ter medo.
Vale a pena encarar e não fugir da realidade.
Ainda que eu fracasse, vale a pena lutar.
Vale a pena discordar do melhor amigo e não apoiá-lo em suas atitudes erradas.
Vale a pena corrigi-lo.
Vale a pena encarar-me no espelho e ver se estou certo ou errado.
Vale a pena procurar ser o melhor e aí...
Vale a pena ser o que for.
Enfim. Vale a pena viver a vida, já que a vida não é tudo o que ela pode nos dar.
Mas sim tudo o que podemos dar por ela.


(Site do Pe. Marcelo Rossi em 10/05)

domingo, 24 de abril de 2011

Pe. Fábio de Melo - Não Desista do Amor - Show, Vida - 20.09



PÁSCOA

... é tempo de buscar, de agradecer, de plantar a paz.
Tempo de abrir os braços, de abrir as mãos e de ser mais irmãos.
Tempo de recomeçar!
Tempo de concessão, de compromisso, de salvação. Tempo de perdão.
Tempo de libertação, de passagem, de passar amor e compreensão.
Para onde ir?
Para a luz, para o amor, para a vida, para a fraternidade e a compaixão.
É tempo de RESSURREIÇÃO!

FELIZ PÁSCOA

São os votos da Comunidade Recife Retrouvaille


Museu da família





Bem vindo ao museu da família! Neste museu você irá ver e saber acerca deste grupo que está à beira da extinção.Por volta do ano 2.270 foram vistas as últimas famílias compostas por pai, mãe e filhos.Um pouco antes desse período, quase não se via uma mãe ou um pai em casa cuidando dos filhos, do lar e da família. Eles foram trabalhar fora.Já no século XX, era costume o pai ser recebido pelos filhos em casa, após um dia de trabalho. Ele era o provedor do lar. Naquela época as crianças tinham um pai que morava com elas. Este pai convivia com os filhos diariamente e passeava com eles nos fins de semana. Nas apresentações da escola os filhos procuravam o olhar de seus maiores fãs: seus pais. E o aplauso deles era a garantia da felicidade!Os pais podiam corrigir o erro e disciplinar os filhos. Quando os filhos precisavam de colo tinham um de seus pais por perto para carregá-los a hora que quisessem.No dia das mães a família toda se reunia na casa da avó e a cama se enchia de presentes dos filhos, dos netos…Era difícil esperar até o dia dos pais para entregar ao papai o presente feito pelos próprios filhos: A camisa com sua mãozinha, o quadro pintado, o cartão com moldura de gravata...No tempo da vida em família, a melhor comida era a da mamãe.Era o papai quem ganhava no jogo de dama ou de bola.Quantas brincadeiras correndo soltas com os irmãos e primos! Esconde-esconde, casinha, queimada… Os brinquedos espalhados pela casa... Os risos, os choros... Fartura de vida. Casa cheia não só de gente, mas de amor e contentamento.Nas famílias havia coisas que não cabem neste museu: abraços, beijos, lágrimas, risos, personalidades, cachorros, papagaios…Ah! Os jardins! Eles não poderiam faltar neste museu! As casas tinham jardins. Deles as avós retiravam plantas para enfeitar ou para fazer chazinhos caseiros para os filhos e netos.Férias também se passavam em família. Na roça, na praia ou na casa dos parentes: estavam todos num feliz ajuntamento. Para eles estar em família era o que fazia a vida valer a pena!Como se iniciou o processo de extinção das famílias? ... Bem, é uma longa história… Mas, lembre-se que, se você os deixar ir, talvez nunca mais os tenha de volta. Às vezes, nos ocupamos tanto com nossas próprias vidas, que não notamos que os deixamos ir… Outras vezes nos preocupamos tanto com quem está certo ou errado, que nos esquecemos do que é certo e do que é errado. Foi assim que as famílias começaram a desaparecer… Mas hoje temos este museu para visitá-las.Certa vez alguém falou sobre um ciclo de morte que estava se instalando nas famílias. E leu na Bíblia como seria a cura nos Salmos 128.1-6. "Feliz aquele que teme a Deus, o Senhor, e vive de acordo com a sua vontade!” Mas parece que não deram atenção suficiente... E as famílias foram se extinguindo...Nossa visita ao museu termina aqui, com o livro que foi publicado a cerca de dois séculos atrás, no ano de 2008 e falou sobre estes acontecimentos: "Ciclos de vida ou de morte, em qual deles sua família está?"

Atualizações...

Amigos,

o último Final de Semana do Retrouvaille ocorreu nos dias 25, 26 e 27 de março, com a participação de 16 casais, incluindo casais de Fortaleza, Natal e São Paulo ! Uma felicidade para o nosso Encontro. Esperamos que a continuidade seja abençoada por DEUS...
Para os que ainda não tiveram a oportunidade de participar desta "renovação" em seus casamentos, acompanhem pelo blog a divulgação da data do próximo Final de Semana ou entrem em contato para informações através de um dos telefones divulgados.

Um abraço.

Retrouvaille Recife

domingo, 16 de janeiro de 2011

Harmonia Conjugal
Casamento, uma escola de amor

O casamento, e a família de modo especial, é uma escola de amor, porque a convivência diária obriga a acolher os outros com respeito, diálogo, compreensão, tolerância e paciência. Esse exercício forte de vivência das virtudes faz cada um crescer como pessoa humana. Na família, Deus nos ensina a amar e nos dá a oportunidade de sermos amados.
A harmonia conjugal é atingida quando o casal, na vivência do amor, ‘supera-se a si mesmo’ e harmoniza as suas qualidades numa união sólida e profunda. Quando isso ocorre cada um passa a ser enriquecido pelas qualidades do outro. Há, então, como que uma transfusão de dons entre ambos. Mas, para isso, é preciso que o casal chegue à unidade, superando as falsidades, infantilidades, mentiras e infidelidades. Para chegar a esse ponto é necessário olhar para o outro com muita seriedade, respeito e atenção.
Ninguém é obrigado a se casar e a constituir uma família, mas se tomamos esta decisão, então devemos ‘casar pra valer’, com toda responsabilidade. Aquela pessoa com quem decidimos nos casar é a ‘escolhida’ entre todos os homens ou mulheres que conhecemos; e, portanto, como o(a) eleito(a), devemos ter-lhe em alta estima, como a pessoa ‘especial’ na nossa vida, merecedora, portanto, de toda atenção e respeito.
É lamentável que entre muitos casais, com o passar do tempo, e com a rotina do dia-a-dia, a atenção com o outro, e, pior ainda, o respeito, vão acabando. Não tem lógica, por exemplo, que um ofenda o outro com palavras pesadas, o que provoca ressentimentos; não tem cabimento que o marido fique falando mal da esposa para os outros, criticando-a para terceiros. Isso também é infidelidade. Pois esta não acontece somente no campo sexual.
Por outro lado, é preciso cuidar para que a atenção e o carinho para com o outro não diminuam. É importante manter acesa a chama do desejo de agradar o outro. São nos detalhes que muitas vezes isso se manifesta: Qual é a roupa que ela gosta que eu vista? Qual é o corte de cabelo que ele gosta? Qual é a moda que ele gosta? Qual é a comida de que ele gosta? Quais são os móveis que ela gosta? Qual é o carro que ela prefere? Qual é o lazer que ele gosta? Enfim, a preocupação em alegrar o outro – sem cair no exagero, é claro – é o que mantém a comunhão de vidas.
Isso não quer dizer que o amor conjugal deva ser um ‘egoísmo a dois’. Como dizia Exupéry: “Amar não é olhar um para o outro, mas é olhar ambos na mesma direção”. Isto é, o casal não pode parar em si mesmo, ele tem grandes tarefas pela frente: os filhos, a ajuda aos outros, a vida na Igreja, entre outros. Importa olhar na mesma direção e caminhar juntos.
Para que a harmonia aconteça é preciso conhecer o outro. Cada um de nós é um mistério insondável, único e irrepetível. Somos indivíduos. Não haverá dois iguais a você na face da terra e na história dos homens, mesmo que se chegue ao absurdo da clonagem do ser humano. Cada um de nós é insubstituível, e isso mostra o quanto somos importantes para Deus.
Quando nos casamos, recebemos o outro das mãos de Deus e da família, como um presente ímpar, singular, sem igual, e que deve, portanto, ser cuidado com o máximo cuidado, para sempre.
É fundamental para a vida do casal que cada um conheça a história do outro: a sua vida, o seu passado, a realidade familiar de onde veio, entre outros, para poder compreendê-lo, ajudá-lo, amá-lo e perdoá-lo. Ninguém ama a quem não conhece. Quando o casal não se conhece bem, acaba cometendo dois erros: antes do casamento parece que o outro não tem defeitos; e depois do casamento parece que tem todos.
Ao conhecermos a profundidade desse ‘mistério’ que é o outro, teremos, então, condições reais de aceitá-lo como ele é, e, a partir daí, ajudá-lo a se superar.
Do livro “FAMÍLIA, SANTUÁRIO DA VIDA”
Prof. Felipe Aquino