Quem sou eu

Retrouvaille significa Redescobrir. O Retrouvaille é um Programa voltado para casais que acreditam no seu relacionamento. Trata-se de uma experiência destinada a ajudar o casal a se redescobrir e a construir um casamento mais estável e mais harmonioso, em meio às pressões da atual sociedade e desafios do cotidiano. O Retrouvaille surgiu em Quebec, Canadá, em 1977 e chegou ao Brasil em 2000, na cidade de Curitiba, e em Recife, em 2001.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ter coragem...

 
Ter coragem é descobrir onde está a nossa fragilidade e ali trabalhar com um empenho um pouco maior. É não desconsiderar o que temos de bom, mas é também colocar atenção naquilo que ainda temos que melhorar. Estamos em processo de feitura. ...
Não estou pronto, eu não sou perfeito, mas estou por ser feito aos poucos. No processo de ser feito aos poucos, eu vou descobrindo onde é que dói este espinho; e ele muda de lugar. Quanto mais uma pessoa está aperfeiçoada no processo de ser gente, maior é a facilidade de conhecer limites.

Para você retirar um espinho, às vezes, é preciso deixar inflamar. É como se o seu corpo dissesse: “Isso não me pertence”. De qualquer jeito, nós temos de tirar aquilo que não nos pertence.
Há algumas inflamações do espírito, da personalidade, e há pessoas que são tão aborrecidas que nós não podemos nem encostar. São aquelas inflamações que se alastram.

Conversão é isso. O espinho não é o defeito, mas é a seta que nos mostra onde temos de trabalhar para ser melhor.

Pe. Fábio de Melo

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mensagem de domingo


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

1 Coríntios 13:1-13

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Casamento e vida saudável

Não faz muito tempo um leitor atento pediu que eu escrevesse sobre a relação entre a solidão e a saúde. Eis que surgiu a oportunidade. Não é de hoje que os estudos sugerem que a saúde física e mental dos casados (dos bem casados, melhor dizendo) leva vantagem sobre a dos que vivem sozinhos.
Com essa afirmação, não pretendo despertar a ira dos solteiros convictos, aqueles que dizem ser felizes assim. Sem precisar dividir coisa alguma, sem precisar cultivar relações duradouras, sem ter um parceiro para todas as horas – para as boas e, principalmente, para as ruins.
A solidão só é problema quando estressa, entristece, estraga os dias, rouba o sono. É essa solidão que faz mal à saúde. É a essa que me refiro.
Compreender de que forma o casamento contribui para a saúde ou a saúde contribui para o casamento é uma tarefa que mobiliza pesquisadores de várias áreas. Parece a brincadeira do ovo e da galinha. Definir “o que vem primeiro” é um exercício necessário.
Quem tem especial interesse por essa questão é a professora Christine M. Proulx, do departamento do desenvolvimento humano e estudos de família da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. O mais novo trabalho dela será publicado na próxima edição do Journal of Family Psychology.
Christine analisou dados sobre 707 casais que, ao longo de duas décadas, continuaram vivendo com os mesmos parceiros. No início do estudo, todos tinham menos de 55 anos. A cada cinco anos, eles participavam de uma longa entrevista por telefone e classificavam seu estado de saúde (de excelente a péssima).
Também comentavam problemas conjugais, a partir de questões como “Seu parceiro é raivoso, ciumento, dominador?”, “Tem hábitos irritantes?”, “Gasta demais?”, “Pouco conversa com você?” e avaliavam o grau de felicidade na relação (“Você está satisfeito com o amor e o afeto que recebe?”).
A conclusão de Christine: em qualquer estágio do casamento, relacionamentos positivos ou negativos afetam a saúde dos indivíduos. Os parceiros deveriam estar atentos ao fato de que a forma como se tratam afeta a saúde dos dois. 
À medida que envelhecem, as pessoas felizes no casamento declaram ter melhores condições de saúde. Essa é uma boa razão, entre tantas outras, para investir na relação, cuidar bem dela. Uma medida sábia em qualquer idade, mas que pode ser fundamental na velhice.
“Pensamos na velhice como algo que podemos tratar com pílulas ou atividade física, mas cuidar do casamento também beneficia a saúde”, diz Christine. “Uma boa relação com o parceiro não cura o câncer, mas laços fortes melhoram o bem-estar dos dois e reduzem o stress”.
Uma das limitações do trabalho é ter sido baseado na percepção dos casais a respeito da própria saúde – e não em medições objetivas. Outras evidências, porém, apontam resultados semelhantes. Um estudo realizado na Finlândia com 15 mil pessoas entre 35 e 99 anos concluiu que pessoas casadas correm menor risco de infarto que as solteiras. Além disso, a probabilidade de recuperação após um infarto é mais elevada entre os que vivem com um parceiro.
Nesse trabalho, a propensão de sofrer um infarto foi até 66% mais elevada em homens solteiros de todos os grupos etários. Para as mulheres, os benefícios do casamento mostraram-se ainda mais expressivos. O risco de doenças coronarianas foi até 65% mais elevado entre as solteiras. O trabalho foi publicado no final de janeiro no European Journal of Preventive Cardiology.
A pergunta que não quer calar: como manter a felicidade conjugal (e, por extensão, a saúde) em casamentos de longa duração?
Bodas de ouro ou diamante não são garantia de satisfação. Podem representar, simplesmente, um acerto mais ou menos confortável para ambas as partes.
Por outro lado, o mundo está cheio de velhinhos que vivem juntos e intensamente há décadas. São a prova viva de que a satisfação conjugal resiste ao tempo. Ao comparar casais satisfeitos e insatisfeitos, a equipe da professora Maria de Betânia Paes Norgren, do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo, identificou o que faz a diferença nas relações.
A satisfação aumenta quando há proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de comunicação e satisfação em relação ao status econômico e à prática da crença religiosa.
Trinta e oito casais paulistas responderam a um conjunto de questionários utilizados num estudo multicultural prévio, realizado nos Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Holanda, Canadá, África do Sul, Israel e Chile. O trabalho realizado em São Paulo foi publicado há alguns anos na revista Estudos de Psicologia.
Como manter um relacionamento satisfatório ao longo dos anos, segundo a pesquisa:
• Investir na relação
• Empenhar-se para que ela seja proveitosa para os dois
• Encontrar equilíbrio entre conjugalidade e individualidade
• Partilhar interesses e relacionamento afetivo-sexual
• Evitar o tédio e a repetição
“Casamento satisfatório é menos uma questão de escolha certa e mais de trabalho em equipe. Enquanto o trabalho pode ser aprimorado, a escolha só pode dar origem a outras, talvez tão pouco satisfatórias quanto a anterior”, escreveu Maria de Betânia.
Consenso, resolução de conflito, comunicação, flexibilidade são variáveis importantes para a manutenção de relações duradouras. Todas essas condições podem ser adquiridas ou aperfeiçoadas. Enquanto houver vida há chance de fazer diferente. Saúde é isso.
E você? Acha que o casamento faz bem à saúde? Qual é a sua experiência? Conte pra gente. Queremos ouvir sua opinião.
(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras para a coluna da Revista Época)

Versículo do dia


Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.
2 Coríntios 6:4,10

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vale a pena assistir a dois !

 
O filme é sensível e muito realista. Disponível em DVD nas locadoras.
Pipoca e coca cola completam o programa.
 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O amor pode criar raízes



Quando somos jovens e nos casamos, o amor é o leme da relação. Os opostos que se atraíram rápida e facilmente, provavelmente serão o mesmo motivo para se repelirem mais tarde na mesma velocidade, ou seja, quando a rotina do dia a dia invade a vida a dois, os filhos chegam e as obrigações aumentam, o amor primeiro tende a ficar de lado muitas vezes, sobrecarregado de responsabilidades.

Aqui 6 sugestões de como fazer esse amor criar raízes a ponto de não sucumbir com o casamento rumo à rotina e a falta de interesse entre o casal:

1. A responsabilidade é dos dois.
Tanto você como seu cônjuge precisam estar cientes das responsabilidades e papéis que cada um assumirá, antes de casados. Ter boa atitude de forma a não deixar que coisas pequenas influam no relacionamento, mas decidir crescer e aprender com as experiências que terão é ponto chave para a manutenção do casamento. Isso depende dos dois quererem, conversarem sobre o assunto, e trabalharem juntos, unindo-se nos momentos bons e ruins em prol da relação e da família.

2. Dignidade, integridade e respeito mútuo.
Proteger o amor é não fazer nada que o machuque. Traições, vícios, pornografia, mentiras, desculpas, trabalho exagerado. Tudo isso pode macular o sentimento puro da união.

3. Altruísmo e desejo.
Não ser egoísta em momento algum, seja no dia a dia ou entre quatro paredes, buscar a felicidade do outro traz carinho nos gestos diários. O desejo de fazer o outro sentir-se amado cria uma corrente de ações que perpetuam o amor. Melhore a si mesmo e ajude o outro a sentir-se bem com ele mesmo.

4. Valorização do sentimento.
O amor é algo que é usado hoje em dia para definir uma porção de coisas. Tente substituir a frase "Eu amo sorvete!" para "Eu gosto muito de sorvete". Quando falar que ama seu cônjuge, nunca se esqueça que o amor por seu cônjuge é especial, não como qualquer outra coisa.

5. Atitude e gratidão.
Ser grato pelo outro espanta o orgulho e traz a atitude correta ao relacionamento. Decida não julgar e não cobrar. Proteja o sentimento das fraquezas um do outro. Aguardem por momentos tristes, difíceis, já preparados, que a união traz a força e não o contrário.

6. Perdão e esperança.
Quando entendemos que o amor também progride e deve ser cuidado e preservado, a comunicação flui, o perdão impera, e a esperança de dias melhores trazem paz na hora em que mais precisamos.

Decida não criar jamais uma raiz de amargura, mágoa e nunca desista de seu amor. O amor cresce com o entendimento e a paciência. Vale a pena investir nesse sentimento.

Prepare seu solo, nutra a semente, e cuide de sua pequena muda, e continue cuidando até que ela se torne uma grande árvore e lhe traga muitos frutos.

Chris Ayres

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Empatia


As pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para ser empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente. Vai muito além da identificação. Podemos até não sintonizar com alguém, mas nada impede que entendamos as razões pelas quais ele se comporta de determinado jeito, o que o faz sofrer, os direitos que ele tem.

Nada impede?

Foi força de expressão. O narcisismo, por exemplo, impede a empatia. A pessoa é tão autofocada, que para ela só existem dois tipos de gente: os seus iguais e o resto, sendo que o resto não merece um segundo olhar. Narciso acha feio o que não é espelho.

Ele se retroalimenta de aplausos, elogios e concordâncias, e assim vai erguendo uma parede que o blinda contra qualquer sentimento que não lhe diga respeito. Se pisam no seu pé, reclama e exige que os holofotes se voltem para essa agressão gravíssima. Se pisarem no pé do outro, é porque o outro fez por merecer.

Afora o narcisismo, existe outro impedimento para a empatia: a ignorância. Pessoas que não circulam, não possuem amigos, não se informam, não leem, enfim, pessoas que não abrem seus horizontes tornam-se preconceituosas e mantêm-se na estreiteza da sua existência. Qualquer estranho que possua hábitos diferentes será criticado em vez de respeitado. Os ignorantes têm medo do desconhecido.

E afora o narcisismo e a ignorância, há o mau-caratismo daqueles que, mesmo tendo o dever de pensar no bem público, colocam seus próprios interesses acima do de todos, e aí os exemplos se empilham: políticos corruptos, empresários que só visam ao lucro sem respeitar a legislação, pessoas que “compram” vagas de emprego e de estudo que deveriam ser conquistadas através dos trâmites usuais, sem falar em atitudes prosaicas como furar fila, estacionar em vaga para deficientes, terminar namoros pelo Facebook, faltar compromissos sem avisar antes, enfim, aquelas “coisinhas” que se faz no automático sem pensar que há alguém do outro lado do balcão que irá se sentir prejudicado ou magoado.

É um assunto recorrente: precisamos de mais gentileza etc. e tal. Para muitos, puxar uma cadeira para a moça sentar ou juntar um pacote que alguém deixou cair, basta. Sim, somos todos gentis, mas colocar-se no lugar do outro vai muito além da polidez e é o que realmente pode melhorar o mundo em que vivemos. A cada pequeno gesto diário, a cada decisão que tomamos, estamos interferindo na vida alheia. Logo, sejamos mais empáticos do que simpáticos.

Ninguém espera que você e eu passemos a agir como heróis ou santos, apenas que tenhamos consciência de que só desenvolvendo a empatia é que se cria uma corrente de acertos e de responsabilidade – colocar-se no lugar do outro não é uma simples gentileza que se faz, é a solução para sairmos dessa barbárie disfarçada e sermos uma sociedade civilizada de fato.


Martha Medeiros (Zero Hora - 30/01)